Em 2025 montamos um bom elenco, a direção investiu de Junho/24 até Fevereiro/25, mais de 150 milhões. Considero o elenco capaz de disputar títulos na temporada.
Não dava mesmo para manter o nível de investimento que tínhamos até o meio do ano passado, o fato de o Fluminense conseguir investir em 6 meses mais de 150 milhões, não ter salários atrasados, é um grande feito dessa direção que em 2019 pegou um clube com um atraso de 8 meses em direito de imagem, e 4 de CLT.
Como o presidente disse, foi preciso recalcular a rota no meio de 2024, e não é porque o Mano serviu para ajudar o Fluminense a se livrar do rebaixamento, que vai servir para buscar os títulos que a torcida almeja.
Essa final do Carioca foi o primeiro grande desafio que o time enfrentou. Foram 2 jogos de um Fluminense apático, sem conceito de jogo. Jogar de forma reativa é uma alternativa de jogo, mas foi a única coisa que a torcida viu desde que o Mano assumiu. No primeiro jogo da final, estávamos atrás do placar, o Ignácio corretamente buscou sair com a bola no pé, e errou por duas vezes o passe, na segunda o Flamengo não perdoou. Podemos achar que a culpa é do zagueiro, mas qual era o plano de jogo do Fluminense para sair com a bola? Todo mundo marcado, o jogador não tem opção de passe, forçou e errou. Analisando o adversário, quando a bola chega no pé dos zagueiros do Flamengo e são pressionados, eles voltam até o goleiro, abrem como se fossem laterais, os laterais sobem como alas, o De la Cruz se posiciona nas costas da primeira linha de marcação e recebe essa bola livre, após passar pelos zagueiros. Dessa forma, eles quebram a primeira linha de pressão e ficam em superioridade numérica. Quando o adversário consegue marcar os zagueiros, dificultando a chegada dessa bola até o volante, o Rossi lança nas costas dos laterais, buscando a raspada de cabeça (como foi no segundo gol anulado), ou explorando a velocidade do Wesley. Isso é treinamento, conceito de jogo, padrão tático, isso o Fluminense não tem. Posicionar duas linhas de 4 e jogar no erro, qualquer um faz. É muito pouco para a grandeza do Fluminense.
Precisando vencer a partida hoje, entramos com três volantes e uma formação tática que o Flamengo dominou no primeiro jogo, a marcação estava muito confortável. Passamos o primeiro tempo com um jogo amarrado e duas oportunidades de gol para eles. Na segunda etapa, nosso treinador não fez mudança tática, trocou um centroavante por outro, um volante por outro, e o jogo continuou confortável para o Flamengo. Por que não tentar dois centroavantes e dois pontas no segundo tempo, tendo uma linha de 4 na frente? Um 4.2.4 mudaria a disposição do Flamengo em campo, eles teriam que jogar o Pulgar para a linha de defesa para não deixar os 4 defensores no mano a mano com o ataque do Fluminense, com isso empurraria o Rubro-Negro para trás.
Poderia dar errado? Sim! Mas ao menos saberíamos que ele tentou alguma coisa. A impressão que fica é de que o jogo poderia ter 200 minutos que o Fluminense não chegaria ao gol, tamanho foi a burocracia do treinador.
Portanto, meus amigos, não adianta ter um bom elenco, investir, como a diretoria investiu, se temos um comandante burocrático, sem conceito de jogo. Não adianta ter um Mustang na garagem e não saber dirigir.
O Brasileiro vem aí, a Sul-Americana também, passaremos por situações de correr atrás do placar e vamos continuar dessa forma? Não adianta falar de tempo de trabalho, o Felipe Luis tem menos tempo que o Mano e o Flamengo tem um conceito claro de jogo.
Por hoje, é sentir a derrota, entender que temos elenco para brigar por títulos, mas temos que mudar. O tempo já mostrou que precisamos de muito mais, precisamos de coragem, conceito de jogo e identificação com o Fluminense. Tudo isso falta ao Mano Menezes e sobra para alguns que estão disponíveis no mercado.
Saudações tricolores.