Thiago Silva fez uma análise da segunda partida da final do Campeonato Carioca entre Fluminense e Flamengo.
– A gente está em uma crescente. Acabamos o ano muito mal. O lado bom é você botar o Fluminense novamente em uma final. Tivemos muita dificuldade para classificar o time iniciando depois. E quando você se dá conta, você não conseguiu ter os bons resultados com o time misto e tem que acelerar os processos. O processo de uma pré-temporada. Na Europa, esse Carioca é nossa pré-temporada para o ano todo. No Brasil, nossa pré-temporada tem que competir. Isso te destrói fisicamente. O Fuentes teve uma lesão grave, quase grau quatro. Uma lesão bem grave para o início de temporada. Mas vejo um futuro promissor. Botar o Fluminense numa final, te dá um algo mais, por mais que as pessoas só olhem para o campeão. É seguir trabalhando. Tem uns dias na Data Fifa para descansar e trabalhar de olho no Fortaleza para começar bem no Brasileiro e ser diferente do que fomos no ano passado.
O zagueiro observou semelhanças com o duelo de ida e explicou o motivo da equipe não ter conseguido superar o rival no fim de semana.
– O início do nosso jogo foi similar ao passado. A diferença foi que no início conseguimos suportar a pressão, não tomamos gol. Na ocasião passada, o gol nos tirou um pouco do controle do que tínhamos planejado. No segundo tempo, passamos a querer jogar um pouco mais. O primeiro tempo foi muito abaixo do que somos capazes. Mas o time está em evolução, tem o Ganso ainda pra voltar, o Lima voltou ao time titular. Temos um plantel muito legal no aspecto técnico e tático, mas o jogo foi bem difícil, bem parelho. Eles tinha a vantagem, então não jogaram tão aberto quanto na semana passada e demoramos a entender onde estavam os espaços. O jogo vai passando, você vai entrando na adrenalina, eles vão ficando mais confortáveis e o jogo se encaminha para um final nervoso, onde você se expõe completamente. Isso te causa perturbações de vez em quando. Eu acho que fizemos coisas boas em 30, 45 minutos e isso te deixa com a sensação de evolução.
foto Lucas Merçon