Há 50 anos, um dos maiores jogadores que já vestiram a camisa do Fluminense estreou pelo clube. No dia 8 de fevereiro de 1975, um sábado de Carnaval, Rivellino entrou em campo pela primeira vez pelo Tricolor e marcou três gols na goleada por 4 a 1 contra o Corinthians, seu antigo time, no Maracanã.
Líder técnico da Máquina Tricolor, time que encantou o futebol brasileiro e conquistou o bicampeonato carioca de 1975 e 1976, Rivellino marcou dois gols logo no primeiro tempo da partida e colocou o Fluminense na frente do placar. O Corinthians descontou, com Lance. Na segunda etapa, o campeão mundial em 1970 fez o terceiro em um golaço de cobertura; Gil fechou a goleada em cobrança de pênalti.

Pouco mais de 40 mil torcedores foram ao Maracanã para assistir ao confronto, que rendeu ao Fluminense a conquista do título da Taça João Coelho Netto, o Preguinho, em homenagem aos seus 70 anos. O torneio era amistoso, mas, segundo relatos de espectadores, a partida foi disputada como se valesse para um campeonato oficial, até por conta da saída de Rivellino do time paulista. Um jogador do Corinthians, inclusive, foi expulso por agredir o árbitro.
Em clima de Carnaval, o público deu um espetáculo à parte nas arquibancadas, com fantasias, alegorias e adereços nas cores verde, branco e grená, além da presença de Cartola e da bateria da Mangueira.
“O que nos diz a história do futebol é que nunca houve uma estreia como a de Rivellino. Se Riva marcasse um gol, um cínico e escasso gol, tricolores vivos ou mortos estariam bebendo champanhe pelo gargalo. Se fizesse dois gols, a nossa euforia seria maior. Vejam bem: a galera tricolor se daria por satisfeita com um gol, mais com dois. E o craque fez, não um, nem dois, mas três. Por isso, repito que nunca se viu uma estreia assim”, escreveu Nelson Rodrigues, em crônica após o jogo.
Rivellino disputou 158 jogos pelo Fluminense e marcou 57 gols entre 1975 e 1978. Além de ser o destaque de um dos times mais marcantes da história tricolor, o meia conquistou os Campeonatos Cariocas de 1975 e 1976, a Copa Viña del Mar de 1976, o Torneio de Paris de 1976 e o Troféu Teresa Herrera de 1977.

Texto: Comunicação/FFC
Fotos; Arquivo/Flu-Memória