Título da Conmebol Libertadores 2023 completa um ano

Campeonato Brasileiro DESTAQUE Fluminense Futebol

 Um dia histórico, sonhado, profetizado e realizado. Uma espera que se intensificou através do espaço-tempo. Do místico. Do metafísico. Anos, meses e dias de uma torcida e um clube imaginando esse momento, em sintonia. Sonhando. Claro, às vezes a felicidade demora a chegar. E foi aí que não deixamos de sonhar. Parece que todo mundo sabia o que iria acontecer: chegou a hora, vamos ganhar a Libertadores.

Nesta segunda-feira, exato um ano depois de a América se vestir de verde, branco e grená, é momento de recordar um dia para a eternidade, que fincou no coração de cada torcedor tricolor memórias que serão levadas para além da vida. Em uma tarde histórica no Maracanã, o Fluminense Football Club venceu o Boca Juniors (ARG) por 2 a 1, com gols de Germán Cano e John Kennedy, e conquistou o inédito e tão desejado título da Conmebol Libertadores.

COMO FOI O JOGO

PRIMEIRO TEMPO

O Fluminense iniciou a partida com domínio absoluto da posse de bola, trocando passes buscando romper a barreira defensiva do adversário. A primeira finalização tricolor saiu aos 13 minutos. Marcelo cobrou falta na área, Cano cabeceou e o goleiro defendeu. Aos 20, Arias recebeu de Keno e ajeitou com estilo para Cano, que bateu sem muito perigo. O Fluminense seguiu pressionando e voltou a finalizar aos 34, com Nino, de cabeça, após escanteio cobrado por Marcelo.

A insistência tricolor foi premiada aos 35. Keno tabelou com Arias, foi à linha de fundo e rolou para trás. Cano, sempre ele, estufou a rede e abriu o placar no Maracanã. No embalo da torcida, o Fluminense seguiu no ataque e levou perigo mais uma vez aos 40. Marcelo recebeu na intermediária, carregou e soltou a bomba, mas a bola acabou subindo.

SEGUNDO TEMPO

A equipe voltou para a segunda etapa controlando as ações e assustou aos 9 minutos. Keno escapou pela direita e cruzou rasteiro para a área, mas Arias não alcançou e o goleiro interceptou antes que a bola chegasse até Cano. Aos 23 minutos, após bela troca de passes, André recebeu na altura da meia-lua e arriscou de esquerda, obrigando o goleiro a trabalhar. Apesar do amplo domínio do Flu, o Boca chegou ao empate aos 27, com Advíncula. Aos 40 minutos, Arias roubou a bola no meio e deixou com John Kennedy. O camisa 9 bateu, mas a bola desviou no meio do caminho e sobrou para o goleiro. Aos 49, Lima tocou na medida para Diogo Barbosa, que ajeitou e bateu cruzado para fora.

PRORROGAÇÃO

Logo no primeiro lance, André lançou John Kennedy, que invadiu a área, mas acabou cercado por três defensores. No lance seguinte, Keno recebeu de Arias e bateu colocado de fora da área, mas o goleiro defendeu. Aos 9 minutos, Diogo Barbosa lançou Keno, que ajeitou de cabeça para John Kennedy soltar a bomba e colocar o Fluzão na frente de novo. Aos 9 do segundo tempo, Arias puxou contra-ataque, tabelou com Cano e lançou Guga, que acertou a trave. Depois disso, a garra e o espírito guerreiro de um time que não parou de lutar seguraram a vantagem até que Roldán fosse buscar a bola e soprasse o apito que até hoje soa como música para os tricolores.

FICHA TÉCNICA

Conmebol Libertadores – Final – 04/11/2023, 17h – Maracanã

Boca Juniors-ARG (1)
Sergio Romero; Advíncula, Figal (Valdez), Valentini e Fabra; Medina (Taborda), Pol Fernández, Ezequiel Fernández (Saracchi) e Barco (Langoni); Merentiel (Lucas Janson) e Cavani (Benedetto). Técnico: Jorge Almirón

Fluminense (2)
Fábio; Samuel Xavier (Guga), Nino, Felipe Melo (Marlon) e Marcelo (Diogo Barbosa); André, Martinelli (Lima) e Paulo Henrique Ganso (John Kennedy); Jhon Arias, Keno (David Braz) e Germán Cano. Técnico: Fernando Diniz

Arbitragem: Wilmar Roldán (Colômbia), auxiliado por Alexander Guzman (Colômbia) e Dionisio Ruiz (Colômbia). O árbitro de vídeo foi Juan Lara (Chile)
Gols: Advíncula (2T 27’) (BOC); Cano (1T 35’), John Kennedy (1T P 9’) (FLU)
Cartões amarelos: Cavani, Figal, Langoni (BOC); Keno, John Kennedy (FLU)
Cartões vermelhos: Fabra (BOC); John Kennedy (FLU)

CAMPANHA HISTÓRICA

O Fluminense avançou para a grande final contra o Boca Juniors ao superar o Internacional com 4 a 3 no placar agregado do confronto semifinal. No jogo de ida, o Time de Guerreiros, mesmo jogando com um a menos desde o primeiro tempo, buscou um empate em 2 a 2 no Maracanã. Na volta, em duelo histórico no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), o Tricolor venceu por 2 a 1 de virada com gols de John Kennedy e Germán Cano.

A campanha tricolor na Conmebol Libertadores contou ainda com duas vitórias sobre o Olimpia-PAR nas quartas – 2 a 0 na ida, no Maracanã, e 3 a 1 na volta, no Defensores Del Chaco. Nas oitavas, o Tricolor eliminou o Argentinos Juniors-ARG com empate em 1 a 1 no jogo de ida, em Buenos Aires, e vitória por 2 a 0 na volta, no Maracanã. Na primeira fase, o Flu liderou o Grupo D da competição, que tinha ainda River Plate-ARG, The Strongest-BOL e Sporting Cristal-PER. Um dos jogos mais marcantes foi a goleada por 5 a 1 aplicada sobre o River, no Maracanã, no dia 2 de maio, no Maracanã.

GOLEADOR

Faça o LL imediatamente! Entre tantos personagens especiais que fizeram história com o título, um deles se fez protagonista. Aos 35 anos, Germán Cano se estabeleceu como um dos grandes ídolos do Fluminense em todos os tempos. O atacante argentino, além de campeão, foi o artilheiro da Conmebol Libertadores, com 13 gols em 14 jogos. O camisa 14 soma ainda uma assistência.

Fotos: Lucas Merçon e Marcelo Gonçalves/FFC

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