Em participação no programa “Encontros Premier League“, o futuro zagueiro do Fluminense, que desembarca no Rio de Janeiro nesta sexta-feira as 5h30min. Lembrou o quanto precisou de um mental forte para não se deixar abater pelas críticas.
“Me incomodou ser taxado assim: ‘Ah, chorou, é fraco, não tem psicológico para jogar’. Para quem venceu a tuberculose, se eu fosse fraco mentalmente, não teria voltado e atingido o nível que atingi na minha carreira”, falou o defensor.
“Muitas vezes, a lágrima é você ter coragem de colocar para fora. Nem todo mundo tem coragem de colocar. Muita gente esconde isso e eu nunca fui assim, sempre fui muito verdadeiro com os meus sentimentos. A situação que causou isso tudo foi o pênalti contra o Chile, que nós ganhamos. Imagine se tivesse perdido? Então, se tivesse vencido a Copa do Mundo, o choro era de compromisso. Então vai de acordo com o que a pessoa quer passar de informação, sabe? Por isso que eu não aceito. Por parte do torcedor faz parte, a gente aceita. Mas quando é uma pessoa que trabalha na televisão, que você forma opinião, é constrangedor”, criticou Thiago, para depois dividir como superou a situação.
“Tempo me ensinou a ser forte. Porque no início, apesar de ser capitão da seleção no Mundial de 2014, eu era jovem e de repente não tinha aprendido tanto. Talvez eu tenha criado uma expectativa que tudo ia ser flores. A gente sabe que no futebol não é. Não adianta eu falar para o menino aqui que que vai acontecer isso, que ele precisa ser forte. Eu posso preparar ele de alguma forma, mas quando acontece, só ele pode dar a resposta”.
Thiago Silva, ele mesmo garante, não tem segredo, mas sim uma receita: cuidar do corpo a todo momento, não só quando está no clube.
O defensor conta com diversos aparelhos em sua casa para ajudá-lo a se recuperar da melhor maneira possível. Se pudesse aconselhar a futura geração, por sinal, Thiago Silva diria para trocar gastos supérfluos por investimentos assim.
“Eu tenho praticamente uma fisioterapia em casa completa. Muitas vezes, os jovens acham que você está jogando dinheiro no lixo, tendo em casa alguma coisa de recuperação que você tem que comprar. E não, é o contrário. É investimento para tua carreira. Os jovens gastam dinheiro com outras coisas inúteis. E quando é para você, para o teu corpo, para a tua profissão, você acha que está jogando dinheiro fora? Não, é o contrário. Então, se eu posso passar alguma coisa, se as pessoas querem pegar alguma coisa, que pegue essa situação, porque é importante para a carreira”.