Auxiliar Técnico Eduardo Barros exalta técnico Fernando Diniz do Flu

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O jogo da Série A2 do Campeonato Paulista, mas se tornou o início de uma parceria de sucesso. Então auxiliar do Novorizontino, Eduardo Barros enfrentava, em 2012, um diferente Atlético Sorocaba  treinado por Fernando Diniz.

Eduardo e Diniz são colegas de comissão técnica. O primeiro como auxiliar e o segundo como treinador do Fluminense, que entra em campo contra a LDU nesta quinta-feira (29), às 21h30 (de Brasília), com transmissão pela ESPN pela CONMEBOL Recopa .

A dupla trabalhou junta ao longo de 2023 na seleção brasileira de forma interina, sendo desligada em janeiro. Na ocasião, Eduardo fez publicação exaltando Fernando em suas redes sociais, o comparando até ao lendário Johan Cruyff. O auxiliar explicou o paralelo na entrevista, concedida antes do início da atual temporada.

“O Cruyff acabou sendo um dos jogadores que foi símbolo daquela Holanda do Rinus Michels de 1974 que praticava o futebol total. E, vendo os jogos daquela equipe, é possível observar inúmeros movimentos fora de um padrão de posição, com muito mais liberdade do que comumente as equipes europeias possuem”, iniciou seu pensamento.

“E as equipes do Fernando Diniz, desde lá do Atlético Sorocaba ou do Votorantim, têm uma liberdade de movimento dos seus jogadores que extrapola aquilo que está convencionalmente posto como as posições, onde o ponta direita vai atuar quase que exclusivamente como um ponta direita, o meio campista como um meio campista, jogando de forma mais centralizada. O volante vai jogar à frente dos zagueiros ou vai entrar ali entre os dois zagueiros, para participar de uma saída, vai ficar sempre por trás da jogada”, seguiu.

“Então, essa convenção que alguém estabeleceu e foi sendo reproduzida por inúmeros treinadores e por mim quando eu não alcançava o outro futebol, o Fernando teve a capacidade de criar uma forma de jogar que as premissas são outras. Que outro time você vê um camisa 10 dentro da grande área participando da saída? Este é um exemplo. Eu poderia dar vários, mas acho que esse exemplo é suficiente para traduzir”, acrescentou.

Desde 2012, o atual auxiliar tricolor viu diversas fases da carreira de Fernando Diniz – assim como muitas das críticas recebidas pelo treinador. E a forma como isso deve ser defendido é bem clara para Eduardo.

“Na minha opinião, se defende com as suas crenças e as suas convicções. E eu acredito que o Diniz não defenderia ou não faria algo que ele não acredita. Ele tinha ou sempre teve muita clareza do caminho que precisa ser percorrido. Isso não significa que você vai estar avesso às críticas ou que você não tenha aspectos do seu trabalho a serem aperfeiçoados ao longo do tempo. As equipes, os jogadores e os treinadores, a imprensa, a torcida, os adversários, todos nós somos seres em evolução”, declarou.

“Então, existe uma crença, uma convicção, um caminho, que é aquele que ele acredita. A gente sabe que vão existir pedras neste caminho, e é através do trabalho, do acerto, do erro, da evolução, da sustentação das convicções e daquilo que você sabe o que veio fazer no mundo que uma hora você colhe o que você tanto plantou. Então, qualquer treinador começa sem nenhum título de grande expressão. Ninguém começa campeão”, continuou.

“Todo mundo faz o seu primeiro jogo deCampeonato Brasileiro. Todo mundo faz o seu primeiro jogo internacional. Todo mundo disputa sua primeira final ou briga para disputar a sua primeira final. E ao longo da trajetória do Fernando Diniz, para mim, desde quando eu o vi em 2012, por aquilo que aquela equipe apresentava, que é muito mais que tática, para mim, eu tinha clareza que culminaria, em algum momento, num grande resultado. E resultado, efetivamente, é numa grande conquista”, concluiu.

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