“Fla-FLU, um treino de luxo para a Final da Recopa Sulamericana” por Rodrigo Amaral

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Fla-FLU, um treino de luxo para a Final da Recopa Sulamericana

“Não… ninguém faz Samba só porque prefere
Força nenhuma interfere
Sobre o poder da Criação
Não, não precisa se estar nem feliz, nem aflito
Nem se refugiar em lugar mais bonito
Em busca da inspiração…”
Com licença Paulo Cesar Pinheiro e João Nogueira, mas é assim que estamos neste momento, temos na próxima quinta-feira mais uma linha marcante na História do Fluminense, um confronto que exige foco e determinação e é nele que estamos de olho.
Seria injusto da minha parte dizer quem foi bem ou quem foi mal nesta partida, o Fla-FLU 448, foi um jogo marcado pelo forte calor, a torcida do Fluminense que já esgotou os mais de 50 mil ingressos para o jogo decisivo contra a LDU, não foi em grande número, mas se fez presente com muita força no Canto, e num primeiro tempo com pouco intensidade o Fluminense conseguiu tocar bem a bola, mas não teve o poder de penetração que tem de costume, aquele futebol envolvente que o fez o Atual Campeão da América não apareceu. Com alguns desfalques, o Flu ainda teve um gol legitimamente anulado pelo VAR e em um lance que julgo capital, o VAR preferiu não chamar o juiz do jogo para rever a provável expulsão de Pulgar (5) do time da gávea, quando o volante acerta o joelho de André (7) sem ao menos visar a bola, isso aos 16 minutos, e assim o primeiro tempo se arrastou, com o time adversário fazendo uma marcação meia pressão e fechando bem a defesa. O Fluminense desgastado de uma viagem enorme, vejam bem, o Flu jogou na altitude de Quito na quinta-feira, retornou ao Brasil na sexta, após mais ou menos 6 horas de viagem, e jogou no domingo, realmente uma maratona que não dá o tempo necessário de recuperação aos atletas. O Segundo tempo se iniciou com o Tricolor fazendo de cara 3 alterações, tirando Marlon, Thiago Santos e Guga, entrando respectivamente, Lima, Antônio Carlos e Alexsander, ora guerreiros e guerreiras, analisem o seguinte: entramos para o início da partida sem Marcelo, Felipe Melo, Ganso e Keno, ou seja, sem 4 titulares e no inicio do segundo tempo perdemos mais 2 titulares, com isso a parte final da partida tínhamos apenas Cano, Árias, André, Matinelli e Fábio como representantes do time principal, evidencia assim o desgaste sofrido com a viagem. Óbvio, é clássico, é jogo que vale uma provável taça, a Taça Guanabara, mas no universo que evolve o Fluminense neste momento, essa conquista se torna secundária. O Time de Remo continuou como no primeiro tempo, marcação meia pressão e alternando em alguns poucos momentos de marcação alta, e foi por todas as circunstâncias que vimos o Fluminense tomar o revés, num lance de péssimo posicionamento de nossa defesa, o atacante adversário se viu sozinho aos 8 min para abrir o placar, o Fluminense parecia cansado, tentava alguns ataques mas era facilmente barrado pela defesa adversaria e aos 33, numa sonolência do meio campo Tricolor a tabela foi feita e Everton Cebolinha acabou chutando livre, em cima do Goleiro Fábio, mas não era seu dia, não era o dia do Flu, não conseguiu espalmar de forma efetiva a bola para o lado e acabou espalmando para trás, esse segundo gol sacramentava o fim do treino. Todo Fla-FLU é e tem que ser importante, mas o que vai valer uma glória de verdade ainda está por vir, que a derrota no treino de ontem não faça com que os torcedores fiquem cabreiros ou em duvidas com rendimento do time para a grande final de quinta, pois certamente todos os envolvidos na preparação do time, sabem a importância e a dimensão dessa conquista internacional.
Nota de Tristeza fica por conta das Brigas ao entorno do Maracanã, principalmente no fim do jogo nas proximidades da Praça Varnhargen e tem gente que insiste em não entender porque alguns torcedores preferem não ir à um Clássico com sua família.
Repinicadas:
A Escola de Samba Guerreiros Tricolores acabou sendo rebaixada da série Bronze para o Grupo de Avaliação para o Carnaval 2025, com isso ter que brigar pelo acesso sem verba da Prefeitura do Rio, que transforma essa luta num processo mais dolorido.
Parabéns à Viradouro pelo grande Título, parabéns à Sapucaí pelos seus 40 anos e que venha o Carnaval 2025.

foto Lucas Merçon

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