De Thiago Silva, Fabinho e Marcelo a Martinelli, André, Arthur e tantos outros, a fábrica de Xerém já revelou incontáveis talentos ao Fluminense e ao futebol mundial. É lá que nascem craques do futuro, onde crianças se tornam cidadãos e promessas, realidades. São tantas histórias que o clube resolveu juntar tudo em um livro, lançado oficialmente nesta quinta-feira (02/09), em evento realizado no Hotel Nacional, em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A obra, intitulada “Xerém – Guerreiros nascem aqui”, já está disponível para compra exclusivamente nas lojas oficiais do Tricolor.
Assinado por Dhaniel Cohen e Carlos Santoro, o livro apresenta e conta histórias das categorias de base do Fluminense, desde o seu início, na década de 1980, até se tornar uma fábrica de craques reconhecidos em todo o mundo. Dhaniel Cohen recebeu convidados, entre jogadores, membros da diretoria, funcionários do clube, além de patrocinadores e amigos para uma sessão de autógrafos. Um dos autores do livro, ele se disse emocionado por assinar mais uma obra sobre o Tricolor.
“É um sonho. Esse era um tema que eu queria muito fazer. E é muito bom quando você tem muita motivação para fazer um projeto e este foi o caso. Há alguns anos eu já vinha pensado em parar um pouco de escrever livros e focar em outros projetos, mas esse livro eu achava que era uma lacuna histórica do Fluminense que a gente tinha que preencher e explorar. Eu sentia que a gente precisava explicar Xerém, mostrar Xerém para o mundo. E ver este livro acontecer, receber o reconhecimento de vários profissionais, é realmente muito emocionante”, declarou Dhaniel.
Com cerca de 500 imagens exclusivas e, parte delas, inéditas, a obra é desenvolvida em 180 páginas, com formato quadrado (30×30). Além de ser o primeiro livro oficial de um clube voltado exclusivamente para as divisões de base, o material apresenta texto bilíngue, em português e inglês. Para Dhaniel Cohen, esta é mais uma oportunidade para apresentar o trabalho que é feito na maior fábrica de talentos do futebol brasileiro.
“Acho que é um livro muito especial, porque ele não narra apenas o passado do Fluminense, como todos os livros feitos até hoje narram naturalmente. Este traz o presente do clube e o futuro. O desafio deste projeto foi esse, um livro que não se prende ao passado. Eu tive muito em Xerém ao longo de praticamente um ano, conheci todos os profissionais e hoje tenho ótima relação com todos eles. Acho que esse livro abre as portas para conhecerem o que é Xerém hoje. Mas também resgata o que foi Xerém desde o início dos anos 80. Estamos celebrando 40 anos de Xerém e, desde então, houve uma evolução muito grande daquilo que foi plantado lá atrás. Tudo foi crescendo e hoje é uma realidade, uma fábrica de talentos”.
Quem marcou presença no lançamento foi Marcão, que, como técnico do time profissional, faz questão de abrir espaço no elenco para os jovens talentos revelados na base do Fluminense em Xerém.
“Dá um orgulho muito grande, uma satisfação enorme abrir essas páginas e ver grandes valores. Muitos com quem eu tive a oportunidade de trabalhar, de jogar junto e agora como membro da comissão. Xerém é isso, virou história. É uma fábrica de grandes valores. O Dhaniel, sempre com muita elegância e sabedoria, conseguiu colocar tudo isso dentro do livro. Parabéns a ele por mais essa conquista. Estou muito orgulhoso de ser amigo dele. Daqui a pouco ele vai ter que escrever outro livro, com novas páginas. Porque Xerém é isso. O Fluminense encontrou uma maneira muito boa de revelar seus jogadores. A gente tem que enaltecer o trabalho que é feito em Xerém, e o presidente intensificou isso. No profissional, a gente tem a total confiança de receber esses meninos, pois sabemos que todas as categorias estão recebendo muita atenção e cuidado. Eles chegam cada vez mais preparados”, disse o treinador tricolor.
Aniversariante do dia, o presidente Mário Bittencourt fez questão de marcar presença no evento e destacar a importância da obra e do trabalho desenvolvido nas categorias de base do clube. Para ele, Xerém faz parte da história do Fluminense e deve sempre ser valorizado.
“Xerém é um alicerce da instituição. É muito importante que a gente siga valorizando a nossa casa, onde a gente forma nossos jogadores, nossos guerreiros. E a gente tem dado sempre uma atenção muito especial para o que é feito lá. É importante falar que esse trabalho já vem sendo feito há muito tempo, desde o presidente Sylvio Kelly. Então é importante sempre enaltecer o nome dele, que foi o grande idealizador de tudo isso. Todos os presidentes que passarem pelo Fluminense precisam ter esse entendimento, de que Xerém é muito importante, que é o nosso futuro e o nosso presente. Hoje temos vários jogadores da base que estão representando nosso time profissional. Xerém nos dá muitas alegrias, títulos, então é importante que esse legado possa seguir em frente”, disse o presidente.
O lançamento foi realizado apenas com a presença de convidados e com diversas restrições, respeitando todos os protocolos sanitários exigidos pelas autoridades de saúde. Quem abriu as portas para o evento foi o Hotel Nacional, patrocinador do Fluminense e um dos principais incentivadores da obra.
“Para nós, do Hotel Nacional, é uma honra receber o Fluminense aqui, não apenas neste evento como nas concentrações antes dos jogos. O clube faz parte da nossa história também e temos o prazer de fortalecer a cada dia essa parceria. Que ela seja duradoura”, disse a gerente do Hotel Nacional, Karla Màsétti.
Em algumas de suas páginas, o livro mostra um pouco da ainda curta trajetória do futebol feminino do Fluminense, que também tem Xerém como base. A treinadora da equipe principal tricolor, Thaissan Passos, marcou presença no evento e falou sobre a importância cada vez maior que a modalidade vem recebendo do clube.
“Fico muito feliz pelo lançamento do livro, não só por tudo o que representa, mas também pelo Dhaniel Cohen que é um ser humano formidável, que sempre nos tratou com tanto respeito e atenção, teve cuidado de detalhar muitas coisas sobre o futebol feminino, e que com certeza marcou para sempre a vida de todos nós do departamento. O livro é algo que ficará marcado para sempre em minha memória, O CTVL é um lugar mágico, que contagia, que traz para o nosso dia a dia o entendimento da responsabilidade que temos de representar as cores deste clube fantástico. Nós trabalhamos pelo legado do futebol feminino, buscando nosso espaço com ética, valores e profissionalismo, ter um pouco de tudo o que estamos construindo retratado nas páginas do livro, me dá a sensação de estarmos no caminho certo, e que temos muito a caminhar dentro do clube”, disse.
Confira o que disseram alguns dos presentes ao evento:
Marcos Felipe
“Xerém é um dos lugares mais importantes da minha vida, onde pude construir uma história muito linda no início da minha carreira. Passa um filme, são momentos marcantes que vou levar para o resto da minha vida. É um livro que vou poder mostrar para as minhas filhas. Xerém é um projeto lindo, que agrega muito na vida de cada um que passa por lá. Transforma o caráter com o trabalho que é feito, com psicologia, fisiologia, assistência social e tudo mais que eles oferecem para formar não só grandes atletas como grandes homens”.
Fred
“Costumo brincar que sou padrinho dos moleques. Cada vez que um garoto sobe a gente já dá uns cascudos, faz eles pagarem um almoço, tocar a bola para a gente… A gente brinca, mas eu sou fã número 1 do trabalho que é feito. O Fluminense é um dos clubes que mais exporta jogador, que mais tem atleta da base na Liga dos Campeões. Para mim é uma honra porque isso significa que eu estou jogando com os melhores. A gente viu agora o Kayky indo, a gente vê Martinelli jogando, André comendo a bola, Biel, Luiz Henrique e tantos outros. Peguei várias gerações de Xerém e posso dizer que tive a honra de jogar com esses moleques, pegando eles desde o início de depois já formados, campeões”.
“O que mais me chama atenção quando a gente fala dos moleques de Xerém é a forma como eles já chegam preparados para jogar no profissional. É lógico que eles sempre ainda têm que aprender uma coisa ou outra, é natural. Mas eles chegam mais prontos, com personalidade, velocidade, querendo jogo, sem se esconder. Em várias situações eles acabam sendo os mais decisivos, e foi o que aconteceu no ano passado. Esses meninos, juntos com o Nene, levaram o time para a Libertadores. Então, a participação deles é muito grande. No Brasil, toda criança que quer jogar bola, todos os pais e empresários pensam primeiro no Fluminense porque sabem que tem algo diferente naquela água que faz jogador todo ano”.
Jhon Kennedy
“É muito bom saber que pessoas ainda mais jovens podem se inspirar na gente, que sonham em chegar ao profissional como a gente chegou. O potencial é enorme. Passa um filme na cabeça vendo essas fotos. A gente fica feliz por lembrar de tudo o que passou”.
Gabriel Teixeira
“Eu fico muito feliz por essa homenagem e por ter feito parte da história de Xerém, onde estive durante praticamente toda minha vida”.
Luiz Henrique
“Xerém faz um trabalho muito bom, que prepara os jogadores para chegar bem ao profissional e dar o melhor. O livro está muito bonito, gostei muito das fotos”.
Calegari
“É muito legal ver essa história sendo contada. Sou muito grato por ter passado por Xerém, que tem ótimos profissionais. Eles deixam os jogadores quase que totalmente preparados para chegar ao profissional. Agradeço a Deus pelas oportunidades que tive. É muito legal ver essa história sendo contada. A estrutura é muito boa, com nutrição, academia… todo esse suporte ajuda muito a gente e supre algumas coisas que a gente se abdica de fazer quando jovem”.
Mário Bittencourt
“Xerém é um alicerce da instituição. É muito importante que a gente siga valorizando a nossa casa, onde a gente forma nossos jogadores, nossos guerreiros. E a gente tem dado sempre uma atenção muito especial para o que é feito lá. É importante falar que esse trabalho já vem sendo feito há muito tempo, desde o presidente Silvio Kelly. Então é importante sempre enaltecer o nome dele, que foi o grande idealizador de tudo isso. Todos os presidentes que passarem pelo Fluminense precisam ter esse entendimento, de que Xerém é muito importante, que é o nosso futuro e o nosso presente. Hoje temos vários jogadores da base que estão representando nosso time profissional. Xerém nos dá muitas alegrias, títulos, então é importante que esse legado possa seguir em frente”.
“A gente não forma só jogadores, forma também profissionais. O Marcos Seixas, nosso preparador físico, vem de Xerém, por exemplo. Xerém não é só um celeiro de jogadores, mas também de craques em todas as áreas do futebol”.
“Já li o livro, está muito bem feito. Dhaniel Cohen é um craque, que sempre faz livros maravilhosos. Esse livro é muito importante para a instituição, porque o trabalho de Xerém já é conhecido mundialmente e agora está retratado para a eternidade. Certamente esse livro vai chegar nas mãos de outros cubes pelo mundo, para que possam conhecer ainda mais o nosso trabalho e saber o que o Fluminense faz há anos”.
Martinelli
“É muito gratificante mostrar a força de Xerém no time profissional, não só eu, como todos os meus companheiros. Lá é feito um trabalho muito importante para a gente, com profissionais muito capacitados. Por isso que o clube revela tantos jogadores. Quando a gente chega no profissional, já chega muito bem moldado com o DNA do clube, e isso faz muita diferença para a gente. Nos passa muita confiança para desenvolver nosso melhor futebol”.
Luan Freitas
“Sou muito grato por ter passado por Xerém, que é sem dúvidas a maior escola do país, com profissionais muito qualificados. Quando a gente sobe para o time profissional, a gente já se sente preparado”.
Dani Serrão
“É um dia muito especial. Fico muito grata por fazer parte desse momento, do lançamento do livro, por estar marcada na história do clube e ver a modalidade sendo cada vez mais reconhecida”.
Luiza Travassos
“É um sentimento muito gratificante estar fazendo parte desse momento. Xerém é muito conhecido por revelar craques no masculino e agora estamos escrevendo a história no feminino também. Muito bom fazer parte dessa história”.
Dhaniel Cohen
“O livro aborda várias gerações de Xerém, entre jogadores e treinadores. Eu trabalho há 11 anos no Fluminense e já fiz alguns livros ao longo desses anos. E realmente é muito gratificante fazer este lançamento em um momento tão difícil, no meio de uma pandemia. Tivemos inúmeras restrições e foi um evento fechado, que infelizmente não pode receber púbico. O Hotel Nacional foi o principal patrocinador do livro e por isso fizemos o lançamento aqui”.
“Este é um projeto que vem sendo desenvolvido há uns 3 ou 4 anos. A gente sabia que Xerém tem uma história que renderia uma obra bacana, além de ser um projeto importante até para a imagem do Fluminense. A gente vai circular pelo mundo este livro, que não à toa foi bilíngue. É o primeiro livro da história voltado exclusivamente para as divisões de base. Quando o projeto começou a nascer, eu vi o apoio de todo mundo, e isso me motivou muito”.
“O meu sonho sempre foi e eu falo com todo mundo é fazer um livro sobre um título do Fluminense na Libertadores. Espero um dia realizar isso. Eu costumo dizer que o dia em que o Fluminense for campeão da Libertadores e fizer um livro sobre isso eu não preciso mais fazer nenhum livro na vida. Porque eu estaria realizando um sonho não só como torcedor e como profissional, mas seria o auge de todos os livros do Fluminense. Quero muito que isso aconteça. Mas um livro que eu também tenho muita vontade de fazer é a biografia do Fred. Ele certamente é o maior ídolo do século do clube e um dos maiores da história do Fluminense. E eu acompanhei praticamente toda a história dele no clube, a gente conviveu muito ao longo desses anos. E temos muita história para contar”.
“Esse livro conta também um pouco sobre a nossa história recente do futebol feminino do Fluminense. Durante o processo do livro, eu fui muito a Xerém e, em uma dessas ocasiões, eu encontrei todo o pessoal do departamento. Chamei todos ao auditório para mostrar o livro antes de mandar para a gráfica. E a reação deles me comoveu muito. E fiquei muito feliz de poder prestar uma homenagem ainda em vida e mostrar para o Zazá que ele apareceu no livro não só como um atleta de Xerém, como treinador”.
Fotos: Lucas Merçon, Louise Cruz, Carolina Fraga e Marina Garcia
Texto: Comunicação/FFC