Aos 84 anos, Waldo, maior artilheiro do Fluminense, morre na Espanha

Destaques

Na tarde desta segunda-feira, o Fluminense perdeu um dos seus grandes ídolos, Waldo. Aos 84 anos, o maior artilheiro da história do clube morreu em uma clínica na Espanha, onde vivia há cerca de três anos. O enterro está marcado para esta quarta-feira, no Tanatorio Municipal de Valencia.

Ele sofria de alzheimer e, com o agravamento da doença, por decisão dos filhos, passou a ser cuidado por enfermeiros. Não lembrava sequer que havia sido jogador.

– Agradecer a todos no Brasil pelo carinho que vocês tinham pelo meu pai. Foi uma coisa rápida. Essa semana mesmo ele já não queria comer nada. Hoje de manhã a médica me ligou e disse que estava delicado. Ele não sofreu nada e foi na paz. Agradeço muito a toda torcida do Fluminense – declarou, em entrevista ao Globoesporte.com, o filho Walmar.

Waldo defendeu as três cores entre 1954 e 1961 e marcou 319 gols em 403 jogos, além dos títulos do Campeonato Carioca de 1959 e duas edições do Torneio Rio-São Paulo: 1957 e 1960. Atrás dele no ranking, Orlando Pingo de Ouro (184 gols) e Fred (172 gols). Pedro Abad decretou luto de três dias no Fluminense e se pronunciou sobre a perda.

– Waldo foi o maior artilheiro de todos os tempos do Fluminense e é difícil imaginar que um dia ele possa ser ultrapassado. É uma perda que dói muito. Conheci o Waldo pessoalmente quando veio da Espanha para participar de uma Flu Fest. É mais um ídolo que se vai. É o grande artilheiro da nossa história. Todas as homenagens serão poucas. Esperamos que a partir de agora ele fique lá de cima torcendo para o nosso Fluminense – disse, ao site do clube.

Após quase uma década nas Laranjeiras, o ex-centroavante se tornou referência no Valência (1961-1969) e ainda passou pelo Hércules (1969-1971). Acabou ficando na Espanha e pouco voltou ao Brasil. Mas, ao fim de 2012, ele veio ao país para acompanhar o lançamento de sua biografia, nomeada “Waldo, o artilheiro” e escrita por Valterson Botelho.

– Tive a sorte de ser o goleador máximo daquele time e até hoje as pessoas se lembram de mim por causa disso. Ando pela rua e sou saudado pelos tricolores. Nunca esperava por isso – afirmou Waldo, na época.

Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.

 

Sobre o autor