O descaramento da Flusócio – assim como a estupidez humana, da qual é consequência lógica – não encontra mesmo limites.
Após a vexatória campanha no Brasileiro de 2018, eis que aparece o mais odiado grupo político da História do Fluminense com a Nota “Ano de muitas dificuldades”.
Pela qualidade formal – aliada à hipocrisia material – da peça, penso que a mesma provém da pena dele, o indefectível Zé Bobão.
Na referida Nota, a Flusócio exortou todos à união? Não, pelo contrário, como sempre faz, o grupelho estimulou a cizânia entre os tricolores.
Na Nota, a Flusócio fez um mea culpa? Longe disso, a nota do grupelho é encharcada de soberba e arrogância.
Em suma, a malfadada Nota arrola onze mentiras – ou meias-verdades- e apenas uma verdade límpida e cristalina.
Começo, claro, pela verdade límpida e cristalina estampada na Nota: “… quebra-quebra do patrimônio […] vazamentos de números de telefone […] intimidações e ameaças contra a vida [dos] integrantes e [das] famílias…” são posturas bárbaras, inumanas, que devem ser repudiadas por todos nós. Nem mesmo o desespero de assistirmos, diuturna e persistentemente, aos demoníacos esforços da Flusócio em destruir o Fluminense justifica a violência – física e psíquica – contra os integrantes da Seita Maldita –e muito menos contra os familiares deles.
Somos melhores que isso, amigos!
Somos melhores que eles, amigos!
Passemos, agora, às muitas mentiras veiculadas na Nota, pela ordem em que foram apresentadas.
A primeira mentira salta aos olhos logo no primeiro parágrafo da Nota. Preste atenção, Zé Bobão: a torcida do Fluminense não é massa de manobra da oposição. Odiamos a Flusócio porque vocês, flusocianos, são mentirosos, soberbos, prepotentes, divisivos, incompetentes,
oportunistas e têm uma energia espiritual ruim pra cacete. No ponto, aliás, você, Zé Bobão, é a encarnação perfeita disso tudo.
A segunda mentira – ou meia verdade -, diz com “… o bloqueio de 15% de todas as receitas do clube […] determinado pela PGFN…”. A uma, Zé Bobão, porque, matematicamente, 85% das receitas do Fluminense não foram bloqueadas, ao menos pela PGFN. Ou seja, o bloqueio, só por si, não justifica a pindaíba em que o clube se encontra. A duas, Zé Bobão, porque em 2013, o Presidente era outro trapalhão de suas hostes, “O Peter + 3”, primeiro engodo criado pela Flusócio. A três, porque de medidas constritivas, como essa, cabem recursos, Zé Bobão. No ponto, dou-lhe um conselho gratuito: estude o Código Tributário Nacional e a Lei de Execução Fiscal. Você encontrará várias saídas nesses diplomas normativos.
A terceira mentira da Nota encerra um sofisma: Pedro se machucou logo… prejudicou o time? Não! Pedro se machucou e não pôde ser vendido. PQP! Desnudada foi a intenção mercantil do grupelho. Faço minhas as palavras da Young-Flu: “Flusócio, o Flu não é negócio!”.
A quarta mentira diz respeito às negociações de Scarpa e Douglas com Palmeiras e Corinthians, tidas como exitosas. Nenhuma linha sobre o cavernoso caso do Diego Souza. Por que, Zé Bobão? Algo a esconder?
A quinta mentira escancara a incompetência da Flusócio no quesito futebol. Qualquer torcedor mediano sabe que dado clube – para ser campeão brasileiro – carece de um elenco forte, não apenas de um bom time. De mais a mais, faltou à Flusócio dizer que não temos nem time, muito menos elenco. Bizarro, Zé Bobão!
Os itens 5 e 6 da Nota podem ser condensados numa única mentira. Tudo isso era conhecido do grupelho e, hoje, soa como chororô de bêbado de pé-sujo. Ou a aprovação das contas dos anos anteriores era apenas um exercício lítero-poético-recreativo? Deixe disso, Zé Bobão!
A sétima mentira veiculada na Nota é tocante à dispensa de alguns jogadores no início do corrente ano. À honrosa exceção de Diego Cavalieri, tratava-se de jogadores caros e velhos – contratados pela própria Flusócio, e não por marcianos mal intencionados. Ou seja, errou-se nas contratações e, para fechar o ciclo com chave de ouro, errou-se nas dispensas. Mais uma vez, bizarro, Zé Bobão!
A oitava mentira esconde o inescondível: o fato que “Poucos jogos terminam […] no azul…” porque o time do Fluminense é uma porcaria, padrão Flusócio de qualidade. Se o time fosse decente, mais e mais jogos dariam lucro. Entendeu, Zé Bobão? Qualquer dúvida, dá um google com “Presidente, compre que a torcida garante”, da época da Máquina Tricolor – que não existiria se a Flusócio estivesse, à época, no poder.
Negar a pequenez com que a Flusócio enxerga o Fluminense é a nona e paquidérmica mentira da Nota. As pessoas só dão o que têm, Zé Bobão. Vocês são medíocres, e a mediocridade que exalam se alastra pelo clube. Vocês só não destruíram o Fluminense ainda devido à resistência de 4 milhões de apaixonados e abnegados torcedores. Em tempo: em 2013, vocês “…não pisavam no departamento de futebol…”, mas, mesmo assim, são responsáveis pelo êxito de 2012? Tome vergonha, Zé Bobão!!!
A décima mentira da Nota … dela, prudentemente, me esgueiro. Só sei que é mentira da Flusócio. Afinal, ninguém sabe o efetivo valor das vendas dos jogadores. “Flusócio, o Flu não é negócio!”.
Vamos, agora, à mentira derradeira da Nota: em 2008, o mundo foi sacudido pela maior crise financeira desde 1929. E o Fluminense não perdeu o patrocínio da Unimed. Enfim, Zé Bobão, não temos patrocínio máster porque vocês, flusocianos, repito, são mentirosos, soberbos, prepotentes, divisivos, incompetentes, oportunistas e têm uma energia espiritual ruim pra cacete.
Amigos, até o título da mencionada Nota está errado. Não foi um ano de dificuldades, Zé Bobão. As dificuldades começaram quando vocês, da Flusócio, entraram no clube com o intuito de destruí-lo.
Saudações tricolores – menos para os integrantes da Seita Maldita!
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Texto André Ferreira de Barros
André Ferreira de Barros tem 51 anos, acompanha o Fluminense em estádios desde a final da Taça Guanabara de 1975 e acha que a Flusócio tem que deixar o Tricolor e tentar a sorte no Boavista.