Fluminense se vê ameaçado por perda de pontos no Brasileirão por atrasos salariais

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Uma dura realidade financeira impede que o Fluminense cumpra o pagamento a seus jogadores e funcionários. Aos poucos, a dívida se acumulou e, hoje, chega a dois meses na CLT e mais cinco em imagem, que representa a maior parcela da mensalidade. Mais do que um incômodo ao elenco, o problema, se denunciado ao STJD, pode gerar perda de pontos no Campeonato Brasileiro.

Conforme avisado pelo artigo 19 do regulamento, atrasos salariais de mais de 30 dias levam ao decréscimo de três pontos por jogo, até que a questão seja solucionada. Mas a punição depende da denúncia, por exemplo, de jogadores ou sindicatos para ser aplicada. Até mesmo rivais podem levar o caso à justiça desportiva, “se as provas forem consistentes”, explica Felipe Bevilacqua, procurador-geral do STJD. A regra vigora do início até um mês depois da competição.

A partir de uma eventual reclamação, os clubes têm o prazo de quinze dias para pôr as contas em dia. Na primeira divisão, Atlético-MG, Sport e Vasco correm este risco, como o Fluminense. Pelo discurso dos profissionais tricolores, existe confiança na diretoria e, por isso, a possibilidade de queixa aparenta ser nula. O sindicato de atletas profissionais do Rio de Janeiro, inclusive, não comunicou o atraso aos órgãos superiores. Com o empate sem gols com o Ceará, segunda-feira, o time soma 42 pontos na tabela, a cinco da zona de rebaixamento.

Até o momento, o único episódio de pena por inadimplência envolve o Santa Cruz, denunciado pela FENAPAF (Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol). Embora a decisão tenha sido tomada em junho de 2017, a retirada de três pontos valeu para a Série A do ano anterior, em que os pernambucanos já haviam sido rebaixados. Ademais, houve multa de R$ 30 mil.

– É uma demonstração de que as instituições estão empenhadas em fazer o futebol brasileiro crescer. É uma obrigação legal que tem de ser absorvida pelos atores do esporte. Os atletas, os clubes, as federações e todos os envolvidos precisam respeitar as regras – disse, à época, o presidente da FENAPAF, Felipe Augusto Leite.

Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.

Fonte: UOL. 

 

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