Ainda ameaçado pelo risco de rebaixamento, o Fluminense somou mais um ponto nesta segunda-feira, em jogo contra o Ceará, e chegou a 42. Mas o jejum de gols, perto de completar um mês, acabou com a paciência da torcida, que protestou no Maracanã contra presidente e jogadores e pichou o muro da sede, durante a madrugada. Alguns, como Ayrton Lucas e Luciano, questionaram, publicamente, a iniciativa do público que esteve no estádio.
Na saída, dezenas de tricolores, de maioria ligada a uma organizada, se reuniram no portão 2 do Maracanã, onde se dá o acesso da delegação, para cobrar do time uma melhora no rendimento. Havia temor por uma eventual confusão, o que motivou a permissão para dois representantes encontrarem três líderes do grupo – Júlio César, Gum e Digão – para uma conversa. Além destes, Rodolfo, Everaldo e Matheus Norton (que fez o exame antidoping) estavam presentes, assim como alguns funcionários. Os demais atletas e comissão técnica já haviam deixado o local.
A conversa, prevista para ser um ato de cobrança, ganhou, por meio de Gum, um tom mais leve e durou mais de 30 minutos. Ele garantiu que o elenco tem se dedicado, embora os salários (dois na CLT e cinco de direitos de imagem) continuem atrasados, e afirmou que ninguém está de “sacanagem”. Os brados de “time sem vergonha”, cantados depois do duelo com os cearenses, foram repudiados pelo zagueiro, que os achou injustos.
Do outro lado, os dois tricolores reconheceram o incômodo pela realidade financeira nas Laranjeiras e prometeram apoio neste fim de temporada. Vale lembrar que o Fluminense está a uma semana de disputar uma vaga na decisão da Sul-Americana. Também avisaram que tentarão controlar os ânimos de quem tem “vontade de quebrar o clube”.
Júlio César, Gum e Digão deixaram o vestiário às 23h30 e, quando chamados pela imprensa, se recusaram a falar.
Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.
Fonte: Globoesporte.com.