Derrotado pelo Ceará na rodada anterior, o Fluminense foi ao Maracanã, às 19h deste domingo, para somar três pontos. Vencer o Bahia, na briga contra o Z-4, manteria a confiança e o sonho do G-6 vivos nas arquibancadas. Mas o empate, consequência de um desempenho abaixo, atrapalhou os planos do time, que segue em nono lugar, agora com 22 pontos.
O começo de jogo foi de pressão baiana, com, pelo menos, três boas chegadas ao gol. Especialmente nos primeiros minutos, Zé Rafael, Vinícius e Edgar Júnior provocaram fortes emoções nos mais de 16 mil corações tricolores. Júlio César teve de trabalhar e fazer defesas importantes, como no chute de Zé, aos 27′. Teve, ainda, a conclusão do ex-Fluminense, que passou perto do travessão.
No entanto, é regra no futebol: quem não faz, leva. Foi assim no Maracanã. Diferentemente do que aconteceu na quinta-feira, contra o Defensor, a posse de bola era dominada pelo Bahia. Mas o Fluzão precisou só de alguns segundos para abrir o placar. Matheus Alessandro criou boa jogada e deixou Pedro, de fora da área, em condições de marcar um golaço, depois de três partidas na seca. É, isolado, o artilheiro do Campeonato Brasileiro.
O duelo ficou ainda mais animado com o 1 a 0. Superior, o Bahia viu no erro de Marcelo Oliveira a chance de crescer para cima do dono da casa. O técnico trocou Marcos Jr. por Richard, o que levou a equipe a recuar e chamar o rival para a pressão. Entre uma investida e outra, o Fluminense contra-atacava. Matheus Alessandro, inclusive, teve o que o treinador chamou de ‘bola do jogo’: entrou cara a cara com o goleiro Anderson, mas mandou para fora.
Aos 36′ da etapa final, o adversário empatou, graças a Edgar Júnior. Ele se antecipou a Ibañez, colocado no lugar de Gum, com mal-estar, e cabeceou contra a meta de Júlio César, que nada pôde fazer. Foi a vez do Fluminense esboçar reação, sem sucesso. A minutos do fim, os jogadores do Bahia cobraram falta de fair-play de Aírton. Sem maiores problemas, o desentendimento foi contornado.
Arbitragem
Foi fraca. Vi pênalti em Everaldo, puxado dentro da área. Mas o juizão mandou seguir. Na transmissão do Premiere, pediram que o Paulo César Oliveira comentasse um lance do seu irmão e árbitro do jogo, Luiz Flávio de Oliveira. Interessante.
Vinícius bagunçou
Vinícius, que sempre tornou pública a vontade de voltar ao Fluminense, seria um grande reforço. Joga bem e, hoje, deu uns sustos no Júlio César. Foi com ele que o Bahia teve sua melhor chance no primeiro tempo. Imaginem ele e Sornoza? Daria uma bela dupla, não?
Empolgação da torcida é travada
Eu acho impressionante como o Fluminense adora desanimar seu torcedor quando ele começa a se empolgar. Mal tivemos tempo de sonhar. Isso cansa.
Retranca no Maracanã?
Matheus Alessandro perdeu a bola do jogo. Ali, aos quase 30 do segundo tempo, faríamos 2 a 0 e acabou. Marcelo Oliveira errou em trocar Marcos Jr., apagado, por Richard. Que colocasse, sei lá, Everaldo. Retrancou o time e pediu o empate.
Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.