A estreia de Marcelo Oliveira no comando do Fluminense está marcada para 20h desta quinta-feira, quando a bola rola para o duelo com o Vasco, em São Januário. Do lado de lá, um rival com desfalques e recém-eliminado da Copa do Brasil, pelo Bahia. Aqui, um time que pode sofrer duas baixas. Uma, o Douglas, a caminho do Corinthians, é certa. Quanto a Gilberto, com dores no tornozelo, ainda há esperança.
– Gilberto, vamos esperar até amanhã. Temos uma certa esperança. Está com menos dor do que nos dias anteriores. Quem sabe ele pode nos ajudar ainda nesse jogo? – disse o treinador, em coletiva.
A parada para a Copa do Mundo, entre junho e julho, deu tempo para Marcelo incorporar suas ideias ao elenco que herdou de Abel Braga. Há quase um mês no cargo, o técnico explica como realizou o trabalho e dá pistas de como espera que o time se comporte a partir de agora.
– Nós temos a base do trabalho anterior, feito por um dos melhores técnicos do Brasil, que é o Abel. Pouco a pouco, vamos colocando o que achamos importante, nossa maneira de observar, e tentar colocar em campo os melhores jogadores, jogando da forma que eles se sentem mais à vontade. Tenho ficado bastante satisfeito com relação aos treinamentos. Jogadores dedicados. Creio que faremos um jogo competitivo, organizado e, se possível, com algumas jogadas técnicas ofensivas para que possamos ganhar – afirmou.
Assim como os jogadores, Marcelo Oliveira aprovou o recesso do Mundial e, ao ser questionado sobre como foi favorecido pelo tempo que teve, destacou a possibilidade de começar a criar um vínculo com o grupo. Os laços com a comissão técnica, inclusive, serão reforçados com a retomada do regime de concentração nos jogos no Rio de Janeiro, algo inexistente na era passada, com Abel.
– Foi muito boa (a pausa), principalmente para um técnico que está iniciando um trabalho, para conhecimento dos atletas. Já havia enfrentado a maioria, mas não conhecia o dia a dia, as características, a personalidade. Para criar um vínculo de equipe, foi ótimo. Confirmei a expectativa que os jogadores gostam de trabalhar, são muito dedicados e comprometidos.
Confira mais trechos da entrevista:
Douglas
– Eu o utilizei nos primeiros dias, na maioria dos dias em que fizemos trabalhos táticos. Infelizmente, ele teve que sair. É um volante técnico, que tem um bom chute. Nos cabe agora não lamentar e valorizar os que estão aqui.
O que representa essa parada da Copa para os jogadores?
– Essa parada representa um novo estado físico dos jogadores. Dá uma condição melhor para eles e uma preparação física, técnica e tática. Pode implicar em um jogo mais corrido e competitivo, mas também em jogadores mais descansados, com uma técnica melhor.
Vasco pode estar mais desgastado por causa do jogo da Copa do Brasil?
– Se tivesse o andamento normal do campeonato, com a gente não jogando no fim de semana e o Vasco jogando na segunda, poderia haver uma pequena diferença. Como o Vasco também estava se preparando, acho que será um jogo no aspecto físico e de desgaste totalmente normal. Eles têm um bom time, pressionaram muito o Bahia em busca do resultado. Temos que star preparados para tudo isso.
Estratégia para o Brasileirão
– Há detalhes e pontos importantes: bom aproveitamento em casa, buscar ponto fora, não perder para equipes que não vão disputar o título. Essas coisas, no dia a dia, vamos passando. São detalhes. Cada jogo no Brasileirão será difícil, mas são aspectos que temos que confirmar para poder chegar na frente.
Estreou pelo Cruzeiro em um clássico, contra o Atlético-MG, e agora estreia no Fluminense também em um clássico, contra o Vasco.
– Sempre que vamos fazer um trabalho, vamos com essa perspectiva, de ir preparado para fazer o melhor trabalho, colher os melhores resultados. Esse exercício tem que ser feito no dia a dia de preparação. Calhou de ser um clássico, sempre remete a rivalidade, mais emoção, um pouco de ansiedade. Mas essa ansiedade tem que ser dosada e, na mesma proporção, é uma grande oportunidade, como foi no Cruzeiro, em que nós ganhamos esse primeiro jogo contra o Atlético. Pensamos em fazer um grande jogo. Oportunidade única de jogar um clássico e retomar a caminhada para colocar o Fluminense onde deve estar.
Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.
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