Uma onda de protestos tomou Laranjeiras em 2018. Houve invasão à reunião do Conselho Deliberativo, em janeiro, e mais duas tentativas de fazê-lo, em junho e julho. Com menos de dois anos na presidência, Pedro Abad é alvo de críticas e até de ameças, principalmente por polêmicas e promessas que acabaram deixadas de lado. As demonstrações de inconformidade do torcedor, que viraram rotina, são encaradas como normais por oposicionista, dado o atual cenário do clube.
– O maior patrimônio do clube é o seu torcedor. Eu apenas sou contra depredar o clube, porque aí se perde a razão, causa prejuízo. Mas, não sendo assim, sou a favor. A pressão está sobre o Conselho por conta do impeachment, porque acredita-se que é o melhor caminho. Fora do clube, o Abad tem aprovação menor que a do (Michel) Temer – comparou Eduardo Mitke.
– Não dá para um presidente ter 90% da torcida contra. Qual o projeto para 2018? Não se tem. É tudo na base do espasmo. Ele perdeu as condições políticas, o presidente perdeu o protagonismo do cargo. E não dá para esquecer que a campanha teve um discurso diferente da realidade. Não dá mais. Por isso, assinei o requerimento pelo impeachment – completou Walcyr Borges, um dos líderes do Pró-Flu, segmento formado por ex-apoiadores da Flusócio.
As manifestações durante encontros no Salão Nobre são, segundo integrante da Flusócio, coordenadas por conselheiros contrários à situação. Ele, em contrapartida, acha justo que os tricolores façam suas reivindicações.
– O torcedor tem o direito de se manifestar, de protestar. É sabido que haverá mais. Alguns conselheiros inflamam isso. O último começou bem no momento em que o presidente abriu o discurso. É comandado de dentro para fora. Mas é difícil de ser controlado pelo presidente do Conselho. O que ele pode fazer é fechar uma reunião se achar que não há segurança, mas isso não é garantia de que não haverá protesto. É justo e válido protestar – defendeu Fabiano Bettoni.
Do lado oposto a Pedro Abad, Antonio Gonzalez, um dos representantes do Unido e Forte, nega que seu grupo seja culpado pelos protestos que tumultuam a sede do clube. Pelo contrário: revela que, inicialmente, tentou unir o presidente à torcida, mas que a gestão ‘de mentiras’ impediu a aproximação.
– Alguns membros da Flusócio tentaram colocar a culpa das manifestações no Fluminense Unido e Forte, em mim. Mas não é verdade. Eu fiz o possível para não ocorrer, mas a torcida não quer andar junto do Abad. A gestão Pedro Abad é a gestão da mentira, e o torcedor está cansado de ser enganado. Era a hora de chamar a torcida para perto, mas o que se pode fazer? Não tem mais como acreditar nele, mas ele e o grupo que o apoia acham que estão no caminho certo. Esperamos que o Flu sofra o menos possível com isso, mas vejo um futuro sombrio pela frente – compartilha Gonzalez.
Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.
Fonte: Globoesporte.com
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