Apesar de tudo, classificados

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A partir de domingo, quando aconteceu o fechamento do aeroporto de Sucre, onde a delegação ficaria hospedada, os bastidores nas Laranjeiras se agitaram. Ninguém sabia se haveria jogo, nem se deveriam viajar. A Conmebol se limitou a determinar o prazo de um dia – que, diga-se, foi desrespeitado – para dar resposta. A CBF, como normalmente faz, se escondeu, sem interferir no imbróglio. Era um contexto complicado, tenso, que comprovava a dificuldade do jogo em Potosí. Se o clube encontrou percalços antes mesmo de chegar lá, imagine quando a bola rolasse? Prato cheio para o futebol e suas zebras atacarem. Aqui, não.

Sem se aclimatar à altitude, o time partiu para Potosí, a 4.067 metros, e enfrentou o adversário, a falta de ar e o frio. Resistiu aos problemas durante todo o primeiro tempo, e, depois, com os jogadores esgotados, sofreu. O que é normal, em se tratando de Fluminense. Nós, tricolores, é que sabemos, né?

Pressionando com cruzamentos e chutes de longa distância, que ganhavam força com o ar rarefeito, o Nacional abriu 2 a 0. O máximo. Mais que isso, pênaltis ou classificação deles.

Depois que o placar passou a comprometer a vaga – mais que merecida – do clube mais amado do Brasil, os guerreiros, mesmo cansados e desabando a todo momento, pela situação desumana que foi atuar no estádio Victor Agustín Ugarte, se superaram. Tiraram forças de onde nem existia mais, recuperaram um gás que havia se acabado há tempos.

Fizeram nada menos do que representar o Fluminense em sua essência: guerreiro, valente e brigador. Como a gente quer, como deve ser.

O tão esperado apito final ecoou. Era a confirmação da continuidade na Sul-Americana e, especialmente, de que vale a pena se entregar por essas três cores.

Guerreiros, time de guerreiros. Que, apesar de tudo, estão classificados.

Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.

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