Foi suado, mas deu Fluminense no duelo desta quinta-feira, em Potosí, contra o Nacional. Com o 3 a 0 no Maracanã, o time se classificou à segunda fase da Sul-Americana, mesmo tendo perdido por 2 a 0 na Bolívia.
A 4 mil metros acima do nível do mar, os jogadores só se preocuparam em confirmar a vaga. Abel Braga, que reconheceu a bravura de seus comandados, se mostrou inconformado com o clima nas alturas.
– Aqui em Potosí, as pessoas são muito amáveis e simpáticas, nos receberam muito bem. Mas, com todo respeito, não há possibilidade de jogar futebol a mais de 4 mil metros de altura. É impossível! Já tinha jogado em Quito, mas 4 mil metros não é normal. Tivemos jogadores com oxigênio no hotel, oxigênio antes do aquecimento, oxigênio depois do aquecimento, e eu conversei com os jogadores no intervalo e eles com oxigênio – relatou, em entrevista, completando:
Não estou dizendo que o povo de Potosí tem problema com isso. Desumano é jogar futebol, não morar aqui. As pessoas que moram aqui estão habituadas. Agora, você sair do nível do mar para 4 mil metros é complicado.
Embora entenda que a vitória do adversário foi justa, Abelão destacou a inteligência do Fluminense para construir a goleada no Rio, levando vantagem para o segundo jogo, e a bravura para segurar os bolivianos e superar as dificuldades.
– Eles mereceram a vitória, mas nós, pela bravura, merecemos a classificação. Nós tínhamos um objetivo. Você joga 180 minutos. O que te classifica é a soma dos placares. E nós conseguimos fazer um resultado melhor lá embaixo. Aquele time do Maracanã é minha equipe. Lá conseguimos botar a bola no chão, e aqui não conseguimos jogar – disse.
O Nacional de Potosí caiu na Sula, o segundo principal torneio do continente, mas recebeu elogios do treinador brasileiro. Abel Braga mencionou três nomes que agradaram no rival.
– É um grande time, tem grandes jogadores. Vocês, em Potosí, têm grandes jogadores. Salazar é grande jogador. Reina é grande jogador. Paniagua, também.
Confira mais declarações de Abel Braga:
Análise da partida
Nós nos colocamos em uma maneira de nos defender. Eles cruzando bola na área, nós com três zagueiros. Tivemos algumas oportunidades de fazer um golzinho, mas o domínio foi todo do adversário.
Como lidaram com a altitude?
Viemos muito preocupados. Procurei não falar com meus jogadores sobre altitude, mostrar que não estávamos preocupados, nervosos ou com medo. Mas sabíamos que as dificuldades seriam muito grandes.
Elogios à Bolívia
Eu nunca tinha vindo à Bolívia. Fiquei encantado com Santa Cruz de la Sierra. Fiquei encantado com as pessoas, nos aplaudiram na rua, na saída do hotel.
Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.
Fonte: Globoesporte.com.
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