A luz do sol é o melhor desinfetante

Coluna Destaques

A frase histórica e lapidar que intitula esse texto é atribuída a Louis Brandeis (1856-1941), então membro da Suprema Corte norte-americana.

Na última quinta-feira, o portal NetFlu publicou detalhes do contrato firmado entre o Fluminense – (mal) representado por proeminente membro da Flusócio, o mais odiado grupo político da gloriosa História tricolor – e a sua patrocinadora master, a Valle Express.

Como resultado dessa publicação, choveram críticas ao contrato celebrado, principalmente no que toca ao contraste com as condições supostamente oferecidas pela Caixa Econômica Federal – e rejeitadas pela Flusócio, que, como se sabe, é considerado por 99,99% da torcida tricolor como um ajuntamento de “jestores”. Isso para dizer o mínimo…

Como o que está ruim sempre pode piorar, na sexta-feira, a Flusócio – no conhecido “Blog das Alices”, onde tudo reluz cor de rosa -, fez uma postagem que entra, desde já, para a antologia das besteiras do milênio, quiçá da História da humanidade. Sob o título “A quem interessa sangrar o Fluminense”, o mais detestado grupo político da História do Tricolor das Laranjeiras desfiou um rosário de bobagens, dignas dum anedotário de quinta categoria.

A seguir, destaco algumas dessas pérolas do Febeaflusó (Festival de Besteiras que Assola a Flusócio).

Em primeiro lugar, o mais detestado grupo político da História do Fluminense diz achar “… bastante saudável uma oposição com críticas tecnicamente fundamentadas e com uma postura propositiva…”. Ora, bolas, ao contrário do que faz(em) supor o(s) signatário(s) do post, o Fluminense pertence a todos – e a cada um de seus – torcedores. Logo, não são apenas os integrantes deste ou daquele grupelho que têm legitimidade para criticar. Além disso, a imensa maioria das (veementes) críticas desferidas eram “… tecnicamente fundamentadas…”, ainda que a Flusócio não tenha gostado da fundamentação externada.

A propósito, para o exercício da atividade de criticar, é imperativo lógico e categórico conhecerem-se as informações. Desafortunadamente, a torcida tricolor só tem acesso a dados relevantes quando há vazamentos. Transparência – como o “velho esporte bretão” – não é o forte da Flusócio.

Em segundo lugar, o mais detestado grupo político da História do Fluminense considerou “… inaceitável […] prejudicar os interesses do Fluminense…” Meu Deus do Céu!!! Parem o mundo que eu quero descer!! O interesse-mor do Fluminense é ser – e manter-se como – gigante do futebol brasileiro, algo contra o qual a Flusócio conspira dia e noite, até aqui com indefectível sucesso.

Em terceiro lugar, o vazamento operado – “… uma fofoca, uma acusação…”, nas vazias palavras do mais odiado grupo político da História do Fluminense – desmobilizaria a torcida tricolor. Mando a Flusócio pra onde, colegas? Mais desmobilizados que presentemente estamos, impossível! Se houvesse uma mobilização – mínima que fosse -, a Flusócio seria banida do clube, relegada a uma negra nota de rodapé em nossa gloriosa História.

É tanta estultice por centímetro quadrado que vou parar por aqui.

Em tempo, sobre o mérito das críticas desferidas pelos torcedores comuns – os que verdadeiramente amam o Fluminense, independentemente de querelas e preferências políticas -, o mais odiado grupo político da História do Fluminense não dedicou uma linha sequer no post. Cláusulas de confidencialidade? Sei… A Velhinha de Taubaté acreditaria…

Membros da Flusócio, o Fluminense não é de vocês!! Por isso, entre um e outro quitute no camarote private, estudem o alcance da frase do Chief Justice Brandeis!!! Ou têm medo da luz do sol?

Saudações tricolores

André Ferreira de Barros tem 50 anos, acompanha o Fluminense em estádios desde a final da Taça Guanabara de 1975 e acha que a Flusócio tem que deixar o Tricolor e tentar a sorte no Boavista, para o infortúnio do simpático clube da Região dos Lagos.

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