A quinta-feira traz à tona recordações daquele encontro entre Fluminense e Liverpool-URU, pela Sul-Americana de 2017. Faz um ano que o Maracanã recebeu quase 40 mil torcedores e se coloriu em verde, branco e grená para assistir à vitória do Fluminense – por 2 a 0 – e à apresentação do mosaico que melhor resume a história do clube: força, glória e tradição.
É fato que aquela noite histórica emocionou e marcou a vida de milhares de apaixonados. Mas, talvez, há quem desconheça a turma que esteve à frente dos preparativos: o Convocação Tricolor. Ao Canal FluNews, Pedro Jordão, um dos representantes do grupo, relembrou a emoção no momento em que as peças subiram e, juntas, formaram uma imagem inesquecível e que circulou pelo continente.
– Impossível não se emocionar. Foram dois meses de ralação absurda, correndo atrás para caramba e resolvendo vários problemas. Parecia que algo ia impedir o mosaico, mas passávamos por cima. Eu, principalmente, chorei muito. É uma sensação indescritível – diz Pedro, que, ao lado de Lucas Menezes e de dezenas de voluntários, fez tudo acontecer.
Nas redes sociais, o Convocação comemorou a data e deixou saudade nos torcedores. O que era esperado, afinal, o sucesso da ação continua rendendo elogios. Aliás, mais do que isso: vez ou outra, ainda aparecem relatos emocionados de quem se contagiou com a energia do estádio e conta ter vivido, naquele 05 de abril, o melhor dia de sua vida.
– É incrível como o pessoal ainda comenta, mesmo depois de um ano. Muita gente elogia e diz ter boas lembranças do dia, do jogo. Sempre contam diversas histórias, dizem que se emocionaram. Essa é a parte mais gratificante, ver que foi especial para a gente e para muitos outros – declara.
O processo de montagem do mosaico exigiu alto investimento. Na ocasião, por exemplo, foram necessários quase R$ 7 mil. Valor arrecadado pela torcida, que se dispôs a colaborar para o time estrear na Sul-Americana com pompa. O trabalho duro de idealizadores e voluntários, no fim, foi recompensado: virou notícia até nos países vizinhos e, à época, ganhou destaque no Brasil. Portanto, o dever de expressar o amor pelas três cores e encantar foi cumprido.
– O Brasil e mais alguns países da América do Sul viram e elogiaram o trabalho. Isso é maravilhoso. Ser reconhecido depois daquela luta é gratificante. Ainda mais importante é saber que a torcida gostou, pois, sem ela, nada aconteceria – afirma.
O primeiro passo na Sula deste ano, inclusive, está próximo. A primeira partida será no Maracanã, dia 11, contra o Nacional de Potosí. Desta vez, porém, sem festa. Aos seguidores que cobram alguma surpresa na próxima quarta-feira, o Convocação Tricolor explica que a falta de tempo e a fase do clube desanimam. No entanto, promete mais shows nas arquibancadas ainda em 2018.
– Pretender (retomar a organização de mosaicos), a gente sempre pretende. Vamos ver como vai ser o andar da carruagem. Quem sabe, vem uma festa mais para frente? Tudo depende do clube e da motivação da torcida.
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Por que a escolha por ‘Força, Glória e Tradição’ e o uso dos escudos antigo e atual?
Abrimos uma votação interna, entre nossa equipe e amigos próximos, e a frase vencedora foi essa. A ideia dos escudos surgiu com o Mobilização Tricolor, que se uniu à gente para essa festa. Os escudos, inicialmente, seriam em 3D. Mas tivemos um imbróglio com o Maracanã. Precisava subir na cobertura e não foi liberado. No final, os escudos feitos em mosaico ficaram bem legais.
Na época, houve dúvidas sobre a execução do mosaico. Quais as maiores dificuldades encontradas durante o processo?
Rolaram dúvidas, críticas, pessoas torciam para dar errado. Superamos todo o tipo de dificuldade, financeira, logística.
Qual foi o momento mais marcante da noite?
Com certeza a hora em que o mosaico sobe. Depois, recebemos a foto dele, completinho e lindo. Havia um receio imenso de dar tudo errado pois a torcida não estava espalhada. Mas as organizadas pediram que os torcedores se espalhassem. Ajudou bastante.
De 0 a 10, qual a nota do conjunto da obra?
Eu daria 9. Sempre há o que melhorar. Mas não reclamo de nada daquele dia. Sensação extraordinária e uma festa linda demais.
Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.