Wellington Silva analisa dispensa e se diz grato ao clube: ‘Minha história lá foi bonita’

Destaques

Em dezembro passado, o Fluminense, numa medida que visava reduzir a folha salarial, anunciou uma lista de dispensa com oito jogadores. Nela estava, também, Wellington Silva. Ele e Marquinho viveram situações parecidas: dispensados enquanto ainda estavam machucados e precisavam se tratar. Apesar da forma como se deu a saída de Laranjeiras, o lateral-direito mantém carinho e gratidão ao clube. Mas vê equívoco no desenrolar da história.

– É preciso ter gratidão. Mesmo errando, especificamente na parte de eu estar lesionado, o clube fez muita coisa por mim. No Fluminense, tive sequência, consegui ser reconhecido nacionalmente e construí a minha carreira. Devo isso ao clube, que é enorme. Foi ele quem me abriu portas ao futebol – disse, antes de ponderar:

– Faltou consideração comigo. Em 2016, eu dei a vida machucado. Não importa se o time ganhou ou não. Eu joguei. Eu não sabia que estava machucado só porque ainda não tinha feito exame. Mas sabia que tinha algo errado pois estava doendo muito. Tenho mais de 100 jogos, me dediquei muito. Enfim, faltou sensibilidade deles. Mas passou. Vou seguir a minha vida.

Foi pelo amor às três cores que Wellington Silva preferiu resolver a rescisão sem levar o caso à Justiça. O caminho escolhido, portanto, foi a conversa. E, embora tenha demorado, o martelo foi batido nesta semana.

– Nunca quis entrar na Justiça. A primeira coisa que falei ao meu empresário foi tentar o acordo. Tem de ter gratidão na vida, aprendi isso. O clube é feito de pessoas e lá tem pessoas que gosto demais. O pessoal da rouparia, da fisioterapia, os massagistas. Torço por eles. A vida segue para o clube e para mim – declarou, durante entrevista ao Globoesporte.com.

Foram três anos vestindo verde, branco e grená. Um título – a Primeira Liga – e, ao todo, 128 jogos. Apenas três gols. A passagem de Wellington Silva por aqui pode ser resumida em números e, sobretudo, críticas da torcida. O que, para o jogador, é normal, desde que sem ofensas. Dentre as temporadas de Fluminense, a melhor, aponta Wellington, foi 2015. Uma época marcada por dificuldades, mas que chamou a atenção do atleta pela parceria entre time e torcedores e o fez criar laços mais fortes com o Tricolor.

– Foi um ano muito bom. Brincava com o Fred que só era eu que dava passe para ele. Marcou a minha carreira, o ano. A torcida estava junto, foi um período difícil, de transição da Unimed. Hoje em dia posso falar que torço para o Fluminense. Tenho muitos amigos lá. É bom ver o clube campeão, as pessoas felizes. Minha história lá foi bonita.

Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues

Fonte: Globoesporte.com.

 

Sobre o autor