Em Los Larios, o protagonista do domingo foi o gramado. Devido à forte chuva em Xerém, o campo, inundado, mais parecia um rio. As poças, então, tornaram-se um problema para Fluminense e Volta Redonda, que duelaram pela Taça Rio. O jeito era marcar de pênalti, e assim saíram os três gols. Placar finar: 2 a 1 para o time de Abel Braga, que vibrou com o terceiro triunfo seguido no torneio.
– O que eu mais queria hoje era ganhar. Porque se falou tão pouco da vitória sobre o Flamengo e muito da derrota diante do Avaí. Nós tentamos e, em alguns momentos, colocamos o nosso jogo em prática. Mas é muito difícil nesse campo – reclamou.
Dada a constante procura do clube das Laranjeiras por estádios para mandar suas partidas, Abelão trouxe à tona um questionamento antigo: a falta de uma casa para o Fluminense. O técnico ainda se opôs à realização de shows no Maracanã, principal palco esportivo do Rio.
– Entrei há 14 anos no Fluminense. É sempre a mesma coisa. Empresta um campo, pega um campo lá. A gente não tem campo. A cidade tem o Maracanã, o estádio que o público merece. Mas ele é palco de bandas e de carnaval. Se cobra um absurdo em São Januário e no Engenhão. Isso me entristece. Vivo disso. A imprensa vive de futebol. Segundo pior estadual do país. Será que isso não é alerta? – indagou.
A seguir, veja mais tópicos da entrevista:
‘Invasão’ de morcego à sala de coletiva
– Hoje pode acontecer de tudo mesmo, até isso aí.
Ausência de Marcos Jr. entre os relacionados
– Eu não poupei o Marcos Jr., não. Ele não tinha era condições. Se entrasse em campo, sairia com lesão na panturrilha.
Estratégia de jogo diante do estado do gramado
– Nessas condições, tem de fazer o Sornoza e o Robinho aprofundarem. Ou jogar pelas laterais. O Volta Redonda fez bem pois aí se joga nas costas da defesa e se cava falta. Enfim. Importante que vencemos.
Robinho cobrando pênalti
– Robinho teve a coragem de bater o pênalti, mas quem deveria converter era o Pedro. Eu mandei recado. Imediatamente após o gol, iria tirar ele. Tem horas de que tem ser paizão mesmo.
Preferência por Ayrton Lucas
– É um jogador de muita velocidade. Se ele não volta, fica muito tempo sem jogar. Demoraria a recuperar o ritmo. Ele ganhou a posição no campo e só saiu por lesão. Então, procurei ser justo.
Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.